17 dezembro 2009

MON e a Cultura em Curitiba



Viver em Curitiba, na capital do Paraná, tem suas vantagens. Entre tantas coisas, preciso lembrar que a vida cultural da cidade praticamente não para. Toda semana tem exposição nova, lançamento de livro, bate-papos discutindo vários assuntos, peças de teatro e shows. Agora no final de ano então... mais ainda. São espetáculos natalinos como o do HSBC, e Altos de Natal (como o que acontece em frente à Universidade Federal do PR – UFPR).

Porém, um lugar da cidade merece destaque: o Museu Oscar Niemeyer (MON) ou popularmente conhecido como Museu do Olho. Localizado no Centro Cívico, o MON foi construído pelo arquiteto Oscar Niemeyer (o mesmo que projetou Brasília (DF), o Complexo da Pampulha em Belo Horizonte (MG), Parque do Ibirapuera em São Paulo (SP), entre outros).

Antes de virar museu (em 2002), era sede de uma das secretarias do Estado e se chamava Edifício Presidente Humberto Castelo Branco. As obras necessárias tiveram um custo de aproximadamente US$ 14 milhões com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Atualmente, o MON (que já foi conhecido por Novo Museu) possui 17.744,64 mil metros quadrados de área expositiva potencial.

O acervo que iniciou veio a partir de obras do Museu de Arte do Paraná (MAP) e do acervo do extinto Banco do Estado do Paraná (Banestado) e conta mais de duas mil peças. Entre as principais coleções podemos destacar as dos paranaenses Alfredo Andersen, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli e Caribé, e muitos outros.

Desde 2003, o MON começou a abrigar exposições que antes estavam mais restritas ao eixo Rio-São Paulo (como quase tudo no Brasil) e virou ponto de referência da cultura nacional e internacional. Em 2004 três novas salas foram abertas para exposições dentro da torre do Olho. Elas são exclusivamente dirigidas para exposição de fotografia e fazem parte do que se é conhecida por Torre da Fotografia.

Dentro do Museu, as exposições são diferenciadas. Existem as permanentes e as em cartaz. As primeiras são: Espaço Niemeyer que, segundo o site do MON, “reflete o estímulo conceitual que anima o arquiteto Oscar Niemeyer em seus projetos, também exemplificado nas formas que deu personalidade ao Museu que leva seu nome” e Pátio das Escultura (Arte a Céu Aberto) que, são “Expressivas obras da coleção do acervo do Museu de artistas como Amélia Toledo, Bruno Giorgi, Erbo Stenzel, Emanoel Araújo, Francisco Brennand, Sérvulo Esmeraldo e Tomie Ohtake assinam as esculturas exibidas no espaço, com mais de 800 metros quadrados de área”

Já as em cartaz, são aquelas itinerantes e ficam por apenas um determinando tempo. Em 2009, as exposições do MON são: Gravuras – Poty Lazzarotto, Garfukel – Um frânces no PR (Paul Garfunkel), Quilombolas (André Cypriano), Autocromos Irmãos Lumière (Auguste e Louis Lumière) e outras.

Em anos anteriores era possível encontrar: Percurso Afeito Tarsila (Tarsila do Amaral), João Urban – 40 anos de fotografia (João Urban), Picasso: Paixão e Erotismo (Pablo Picasso), Rembrandt e a arte da gravura (Rembrandt) e inúmeras que tratam do Oscar Niemeyer.

Ou seja, para quem gosta de cultura o Museu do Olho é super indicado. E não é chato como o povo mais jovem acha. Entrar em um museu, especialmente do estilo do MON, vale a pena não só pelas exposições e sim pelo próprio espaço divertido (aquele corredor que leva à Torre que o diga). O horário de funcionamento do museu é de terça e domingo, das 10 as 18 e a entrada custa R$ 4 a inteira e R$ 2 a meia – para estudantes, maiores de 60 e grupos escolares. Porém, não aconselho muito ir no primeiro domingo de cada mês já que a entrada é gratuita.

Fotos: Annelize Tozetto e André Luan

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