17 maio 2011

Pequeno grande amor

Algumas pessoas em nossas vidas exercem funções vitais. Sem essas pessoas, com toda a certeza, a vida seria mais insípida, menos colorida e faria menos sentido. Segue um texto que traduz um pouco dessas relações fundamentais de nossa existência.

Sempre que me lembro do seu rosto, me lembro dos seus olhos. Olhos azuis. Infinitamente azuis. Olhos que me trazem calma, segurança, tranquilidade. Olhos que me remetem à uma intimidade que tenho com poucas pessoas, olhos que me lembram o lar. O meu lar.
Quando caminho até você, caminho até alguma canção. Porque tenho certeza que sua alma é em formato de uma clave de sol. Ou qualquer coisa do tipo, não importa. O que realmente é importante é que a música faz parte de você e você faz parte da música. Um jazz, um rock, uma MPB, um tango para os dias mais tranquilos. E um funck, um sertanejo, um pagode e um samba para os dias mais festivos.
Não importa onde eu esteja, queria mesmo é que você fosse um livro de bolso. Poderia te carregar para onde quisesse, a hora que bem entendesse. Ia ler quantas vezes fossem necessárias e tenho certeza que me surpreenderia em cada leitura, em cada nova página. Porque é isso que bons livros fazem: encantam independente de quantas vezes você tenha foleado aqueles escritos. E sempre que te vejo me surpreendo com as coisas novas e com as coisas velhas.
Temos nosso próprio álbum de recordações. Dos melhores dias. Dos piores dias. Mas todos registrados com muitas risadas, muitos abraços, muitos choros, muitas confissões e muita, mas muita cumplicidade. Dessas que a gente às vezes deixa de acreditar que existem se olhamos para outras relações que não a nossa. Ainda bem que te tenho.
Sabe... te amar é tão natural quanto respirar. Caminhar pela cidade. Piscar. Sentir fome. Sentir frio. Sentir calor. Se sentir animado ou até mesmo se sentir com sono. Te amar é ter uma parte de mim em outro corpo. Te amar é nada mais do que te amar. Com as brigas e com as pazes.
Todo esse tempo e nenhum desgaste. Nem mesmo uma ponta de vontade de desistir. Pelo contrario. Os anos só nos aproximam... só nos deixam mais perto, mais à vontade – até mesmo para ficar em silêncio porque isso não nos incomoda. Pra ser mais sincera, nunca incomodou.
Quero que esse relacionamento se mantenha até o final dos tempos. E que eu esteja sempre ao seu lado, independente de qualquer coisa.

Te amo Jé. Você é minha prima, minha irmã, meu pequeno grande amor desde 93. Que esses 18 sejam apenas os primeiros de muitos 18 que vem por aí.






p.s: o aniversário é só quinta, dia 19, mas resolvi postar antes.